Projeto de Pesquisa

Impactos econômicos de políticas de mitigação das mudanças climáticas: um estudo de caso no setor de transportes de passageiros do estado do Rio de Janeiro

Eixo temático
6 - Temas Transversais – Viabilizadores e Aceleradores

Investigou-se os impactos econômicos e distributivos da implementação de uma taxação sobre as emissões de CO2 no Brasil. O estudo desenvolveu um modelo multisetorial com ligações insumo-produto entre os diferentes produtos e serviços, emissões de gases de efeito estufa e agentes heterogêneos representando consumidores de diferentes níveis de renda. Para medir a emissão de cada produto, construiu-se uma base de dados originais ao nível da matriz insumo-produto. Uma tarifa por tonelada de CO2 é acrescentada ao preço dos bens para incentivar a redução das emissões totais de acordo com a meta agregada brasileira no Pacto de Glasgow para 2030. Firmas e indivíduos em diferentes setores e faixas de renda alocam consumo (intermediário e final) e trabalho heterogeneamente, e, portanto, são afetados distintamente pela reforma. Por exemplo, setores como Transporte, intensivos em insumos mais poluentes, poderão ser mais penalizados. Indivíduos mais ricos, que consomem mais serviços – pouco poluentes em geral -, serão beneficiados ou menos prejudicados.

Maiores taxas de desflorestamento exigem que o custo da tonelada de carbono aumente para compensar o aumento das emissões agregadas, intensificando os impactos na economia. Esse modelo permitirá simular o impacto distributivo da introdução da tributação sobre emissão de CO2 e avaliar diferentes esquemas de redistribuição das receitas tributárias.

Pesquisador: Cézar Santos 

EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE)

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