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Empresas e especialistas discutem ambição Nature Positive em painel na COP30

Painel contou com a participação da pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces), Marina Esteves.
Empresas e especialistas discutem ambição Nature Positive em painel na COP30

No dia 18 de novembro, o painel “Advancing Nature Business Ambition”, realizado no Pavilhão Espanha, na Blue Zone, trouxe à COP30 um debate sobre como transformar modelos empresariais para incorporar práticas regenerativas e alinhar estratégias corporativas à agenda global de biodiversidade. 

O encontro começou com a apresentação do conceito Nature Positive, que propõe substituir o modelo tradicional de consumo ilimitado de recursos por uma abordagem regenerativa, reconhecendo que não há economia possível sem natureza e que o sucesso empresarial depende diretamente da preservação dos ecossistemas.

O painel contou com a participação de Marina Esteves, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces), que compartilhou a experiência de trabalhar sustentabilidade com pequenas e médias empresas brasileiras inseridas na cadeia de grandes companhias europeias. 

Segundo Marina, o projeto envolveu indicadores, ciclos de treinamento, avaliações e workshops, resultando em avanços significativos na incorporação de práticas e no conhecimento sobre economia circular. “Esse trabalho mostra que é possível engajar empresas menores em padrões globais de sustentabilidade, fortalecendo cadeias de valor e ampliando impactos positivos”, destacou.

A empresa Neoenergia apresentou sua atuação baseada em três pilares: mudança do clima, biodiversidade e economia circular, destacando o uso do framework TFD para orientar suas práticas. 

Outro exemplo apresentado foi o projeto Floresta Mapfre, que promove a restauração de diferentes biomas brasileiros, aumentando a conectividade entre ecossistemas e espécies, além de gerar benefícios sociais e reforço reputacional para a empresa.

O debate também abordou a necessidade de diagnosticar riscos e dependências relacionados à biodiversidade, conforme exigências da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Especialistas alertaram ainda para falhas nos relatos corporativos e para a distância entre discurso e dados reportados. 

O painel concluiu que, para superar barreiras, será essencial integrar inovação, tecnologia e relatórios financeiros alinhados à sustentabilidade, que em breve serão mandatórios no Brasil, impulsionando a ação empresarial.

A cobertura completa da participação da Fundação Getulio Vargas na COP30, incluindo agendas, conteúdos exclusivos e contribuições institucionais para a ação climática global, está disponível na Plataforma Agenda do Clima FGV.

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Painel contou com a participação da pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces), Marina Esteves.
Data
2025-11-19T12:00:00