FGV marca presença em painel do IPCC na COP30
Dando continuidade à participação da Fundação Getulio Vargas na COP30, o pesquisador José Antônio Puppim participou, na manhã desta terça-feira (11/11), da mesa-redonda IPCC Special Report on Climate Change and Cities, realizada na Blue Zone. Coorganizado pelo Ministério das Cidades do Brasil, ONU-Habitat e pela Presidência da COP30, o evento teve como objetivo posicionar a ciência, a pesquisa e os conhecimentos tradicionais como pilares para orientar a implementação local das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs 3.0).
O Relatório Especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para Mudança do Clima e Cidades será o primeiro documento do IPCC focado exclusivamente em áreas urbanas, com lançamento previsto para março de 2027. O relatório pretende destacar as cidades tanto como territórios altamente vulneráveis aos impactos climáticos quanto como protagonistas na formulação de soluções para a resposta global à crise climática.
Durante sua fala, Puppim ressaltou a importância da ciência na formulação de políticas públicas baseadas em evidências:
“A ciência é uma das formas de conhecimento que podem contribuir para enfrentar os desafios climáticos, ao lado do saber técnico e do conhecimento local. Mais do que a ciência tradicional, é essencial integrar outros tipos de saberes - como os dos povos tradicionais - ao conhecimento científico, para que as próprias comunidades estejam envolvidas na construção das soluções para os problemas que enfrentam diariamente”, afirmou o pesquisador da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), que coordena o novo centro de estudos FGV Earth.
Segundo Puppim, a principal mensagem do painel foi que já existe amplo conhecimento sobre os impactos das mudanças climáticas nas cidades e sobre as soluções necessárias. O desafio agora é criar as condições institucionais para acelerar sua implementação.
“Muitas cidades já estão adotando diversas medidas, mas nem sempre de forma adequada - seja por falta de evidências científicas, de integração com o conhecimento local ou de recursos apropriados. Precisamos criar novas instituições, e fortalecer as que já existem, para que sejam capazes de impulsionar a implementação dessas soluções com mais eficiência”, destacou.
A cobertura completa da participação da Fundação Getulio Vargas na COP30, incluindo agendas, conteúdos exclusivos e contribuições institucionais para a ação climática global, está disponível na Plataforma Agenda do Clima FGV. Acesse aqui.