O estudo Trajetórias de Descarbonização, desenvolvido pela FGV com apoio do setor bancário, buscou preencher essa lacuna ao construir cenários de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) para soja, milho e pecuária de corte até 2050. A agricultura tropical tem especificidades que muitas vezes não são captadas por metodologias internacionais. Instituições financeiras, ao traçarem metas de descarbonização para o setor agropecuário, precisam de parâmetros técnicos condizentes com a realidade brasileira. A modelagem utilizada, baseada em uma abordagem territorial, indica um potencial de redução das emissões em mais de 50% nessas cadeias produtivas. Isso oferece uma base metodológica para que o setor financeiro e empresas que adquiram produtos agropecuários alinhem suas metas climáticas ao contexto tropical. O estudo é fundamentado na adoção de tecnologias como plantio direto, recuperação de pastagens e integração lavoura-pecuária, previstas no Plano ABC+, e considera o impacto da conversão do uso da terra.

Centro de Estudos do Agronegócio (FGV Agro)
Pesquisador: Guilherme Bastos

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