O projeto parte de evidências que mostram que crianças e adolescentes podem sofrer efeitos negativos quando expostos à baixa qualidade ambiental ao redor das escolas. Esses efeitos incluem a redução da capacidade cognitiva dos estudantes, resultando em baixo desempenho escolar. No Brasil, essa área ainda foi pouco explorada, com apenas alguns estudos iniciais conduzidos pelo coordenador da proposta. O estudo tem como objetivo aprofundar essas investigações no país, verificando a associação entre exposição ambiental e desempenho acadêmico de alunos do ensino médio. As análises foram conduzidas em nível individual, aumentando o poder estatístico. Para isso, foram acessados dados de todos os alunos que realizaram o ENEM entre 2000 e 2019. Técnicas de análise espacial foram utilizadas para estimar a qualidade ambiental ao redor das escolas de cada aluno (essa informação está contida nos dados do ENEM). A qualidade ambiental foi representada por quatro fatores: poluição do ar, áreas verdes, variações climáticas e queimadas florestais. As análises envolveram técnicas avançadas de geoestatística e bioestatística. Os resultados do estudo podem contribuir com áreas de intervenção em políticas públicas (educação, saúde e meio ambiente), ajudando estudantes a alcançar seu máximo potencial acadêmico e desenvolvimento fisiológico.

Escola de Políticas Públicas e Governo (FGV EPPG)
Pesquisador: Weeberb João Réquia Júnior

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