Este estudo visa abordar uma lacuna crítica na literatura, examinando a incorporação da incerteza na mensuração das emissões de carbono usando a metodologia do Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GEE) em todos os três escopos. Ao considerar de forma abrangente as várias dimensões das emissões de CO2 no contexto das atividades organizacionais, essa pesquisa contribui significativamente para o corpo de conhecimento existente. São abordados os desafios como problemas de qualidade de dados e uma alta prevalência de valores ausentes usando entropia da informação, técnicas de preferência de ordem por similaridade à solução ideal (TOPSIS) e uma rede neural artificial (RNA) para analisar as variáveis ​​contextuais. Os resultados, derivados da amostra de dados de 56 empresas em 18 setores e 13 estados brasileiros entre 2017 e 2019, revelam que as emissões do Escopo 3 apresentam os maiores níveis de entropia da informação. Além disso, destaca-se o papel fundamental das políticas públicas no aumento da disponibilidade de dados de emissões de GEE , o que, por sua vez, impacta positivamente as práticas de formulação de políticas. Ao demonstrar o potencial de um ciclo virtuoso entre maior disponibilidade de informações e melhores resultados políticos, essa pesquisa ressalta a importância de abordar a incerteza na medição de emissões de carbono para promover estratégias eficazes de mitigação das mudanças climáticas.

Pesquisador: Peter Wanke et al.

Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE)

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