Os biocombustíveis oferecem uma abordagem para reduzir as emissões de carbono. No entanto, a expansão agrícola necessária pode colocar as florestas tropicais em risco. Essa pesquisa utiliza um modelo dinâmico de uso da terra para destrinchar os papéis da área plantada e da produtividade na oferta de etanol de cana-de-açúcar no Brasil. O modelo é estimado utilizando informações de sensoriamento remoto (satélite) das atividades da cana-de-açúcar. As estimativas indicam que, na margem, 92% do novo etanol provém de aumentos de área e apenas 8% de aumentos de produtividade. O desmatamento direto é responsável por 19% da expansão de área na margem a longo prazo. Avalio ainda as emissões de carbono e as implicações do desmatamento decorrentes das políticas de etanol.

Pesquisador: Marcelo Sant´Anna

EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE)

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